quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

E se não fosses remunerado será que sequer irias querer governar?




É uma coisa que me pergunto com frequência. Se ter um cargo político, fosse uma espécie de voluntariado fruto da boa vontade de alguém, sem receber qualquer tipo de remuneração ou benefício do Estado, será que continuaríamos a ter tanta gente interessada na política?

Quando digo 'tanta gente interessada na política' refiro-me aquele grupo particular de pessoas que desde que conheceu os benefícios da vida política, não desejam de forma alguma deixar essa vida dourada. Embora também seja verdade que outros também estão à espera da sua vez.

Isto veio a propósito de quê? Ora bem, acabo de me cruzar com uma notícia que fala sobre o crescente número de anúncios de emprego que não oferecem qualquer tipo de remuneração. Ao ler aquilo, pensei porque não incluir a política nesse sector não remunerado. Uns falarão em demagogia, outros aplaudiriam...

Pergunto-me quantas vezes terá o "Grândola Vila Morena" que ser cantado para que o desespero de um povo fustigado, alcance algum resto de sensibilidade social que ande por ali perdido neste Desgoverno!

Pergunto-me até que ponto precisará o Sr. Miguel Relvas ser enxovalhado para entender que devia ter vergonha na cara?

Pergunto-me (à semelhança de Ricardo Araújo Pereira) se alguma vez o Ministro Vítor Gaspar terá tido contacto com um ser humano. Para ele somos números e acho que nem com os números, aquele panasca sabe trabalhar. Às tantas, os estudos caros não lhe serviram de nada porque deve ter passado de ano para ano, a olhar para as respostas do colega do lado que devia ser tão ou mais burro do que ele.

Pergunto-me se o Sr. Passos Coelho realmente acredita nas coisas que diz ou se encontra ele próprio iludido com as mentiras que não pára de cuspir para cima do povo português.

Pergunto-me onde a o Sr. Presidente da República que não é mais do que uma múmia que só ali está para ganhar os seus "trocos" e pelas costas, rir da paciência e passividade do povo português.

Pergunto-me quando é que o Seguro se vai aperceber de que ninguém o quer à frente do PS e que com ele ali, o PS nunca vai ganhar porra nenhuma!

Pergunto-me se os partidos mais pequenos farão parte da solução.

Pergunto-me se os poderosos algum dia deixarão de olhar para os próprios bolsos e passarão a olhar para o povo como pessoas merecedoras de uma vida digna.

Pergunto-me onde anda a solução...

Pergunto-me quanto mais teremos todos que suportar e se nós, não seremos a solução...




O POVO É QUEM MAIS ORDENA!

Tradução Chinesa de Alberto Caieiro


Uma das mais conhecidas editoras chinesas, Commercial Press vai publicar as obras de Fernando Pessoa.

Como diz a notícia do Público, foi feita a primeira tradução dos poemas do heterónimo, Alberto Caeiro que será lançada em Pequim. A tradutora responsável por essa e pelos vistos, pelas traduções que se seguirão da obra de Pessoa, mostra-se ansiosa por ver qual será a reação do público chinês a esta obra. Afirma, no entanto, que certamente não será a mesma que têm os povos ocidentais.

Contudo, segundo a mesma, já mostrou as suas traduções a alguns poetas chineses que ao que parece, gostaram imenso da obra de Pessoa.

Gostava imenso de saber chinês nestas alturas para ver como terá sido feita esta tradução. Não é que pense que esteja mal, até porque não posso julgar sem conhecer os fatos. Porém, sendo este uma das formas mais complexas de tradução - a tradução literária - seria interessante verificar os métodos utilizados pela tradutora para resolver os inúmeros problemas que acredito que tenha encontrado.

Mesmo assim, espero que o público chinês aprecie tanto o nosso Pessoa, como cá também o apreciamos (não tanto como se deveria, é verdade...)

Consultem a notícia na íntegra no jornal: Público