quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Por onde começar?


Há alguns dias que não escrevo coisa alguma no blog, mas isso não quer dizer que coisas boas ou más não tenham acontecido nos últimos dias. Infelizmente, para variar, prevalecem as más notícias.

Cada vez que se desvendam mais pormenores acerca do Orçamento de Estado para 2013, fico cada vez mais estupefacta. Acho que a 'melhor' que ouvi ultimamente é a medida relativamente aos cortes nos apoios sociais. Ora, deixa-me ver se percebi bem, centenas de empresas têm fechado nos últimos tempos e consequentemente, existem cada vez mais pessoas dependentes dessas prestações sociais. Solução? Algo que impulsione a criação de emprego? Não, vamos enforcar os portugueses de vez! A corda no pescoço já lá foi, desta vez, retira-se a cadeira debaixo dos pés e deixa-se que morram.

O subsídio de desemprego já é para todos os efeitos, uma quantia vergonhosa para aquilo que custa a vida nos dias que correm. No entanto, acham que é legítimo  cortar do valor actual: 419, 22 euros para 377,23 euros!


Como é? Até pensei que tivesse entendido mal quando ouvi nos telejornais e li nos mais diversos jornais online
Quando oiço alguns cidadãos pedirem que os governantes tentem viver com essas quantias e pagar todas as suas contas, realmente era uma coisa que gostaria de ver por mais demagógico que isto possa parecer. Aliás, tudo o que implique mexer nos rendimentos dos 'intocáveis' é considerado uma demagogia de todo o tamanho. 

Também ouvi hoje o Sr. Vítor Gaspar afirmar que os portugueses exigem muito do Estado Social, porém não querem dar nada ou muito pouca em troca. Mais do que já dão? Falo por aqueles que ainda trabalham e que a meio do mês (ou mesmo antes) já nada têm no banco por cumprirem com as suas obrigações.
Os que vivem indefinidamente à custa dos rendimentos sociais, sim esses existem, não podemos negar... Sobre esses, confesso que não me afecta ver as suas prestações sociais reduzidas visto que não demonstram, nem nunca demonstraram vontade alguma de mudar a sua situação. Limitaram-se a acomodar e os 'parvos' deixaram. 

Há dias, mudando de canal apanhei um programa na TVI24 em que se falava do OE/2013 e diziam que está previsto que todas as despesas aumentem, nomeadamente com o número crescente de prestações sociais uma vez que cada vez mais pessoas são atiradas para o desemprego. Acrescente-se que a subida de impostos que se quer impor, irá apenas cobrir os novos buracos de despesa que irão surgir no próximo ano, ou seja, o problema inicial vai manter-se. Tudo vai ficar na mesma ou pior.

Por tudo isto e mais que tenho ouvido ultimamente, independentemente da crise política que possa advir deste meu desejo, espero que esta monstruosidade não seja aprovada. 
Não quero ser mais uma a deixar o meu País. Quero ficar. Quero ajudá-lo a crescer e prosperar.

Então ... não me mandem embora.
Não castiguem mais, um povo demasiado fustigado ...

Estamos cansados.


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