sábado, 13 de outubro de 2012

A crise continua a justificar tudo (...) ?


Reconfortante abrir as páginas dos jornais online e constatar que mais de metade dos títulos reflectem não só um país, mas uma Europa cada vez mais debilitada e sem saber ao certo o que fazer com o problema que tem em mãos. A receita portuguesa à semelhança de outros países continua sempre a mesma -> Austeridade! Ainda que várias vozes se ergam, agora até o próprio Fundo Monetário Internacional (FMI) também admite que essa palavrinha e as suas consequências estão a devastar economias e não a salvá-las.

Tendo isto em conta, mais concretamente em Portugal ultimamente corta-se em tudo e nos mais variados sectores. Sem querer menosprezar outras actividades, penso que os cortes na Educação são uns do que me chocam mais na medida em que acredito que é através do investimento nesta área que se conduz ao desenvolvimento do país. Nesse aspecto, recordo com algum agrado um vídeo de um fenómeno da internet, Felipe Neto que num vídeo em que falava nos políticos e da importância do investimento na educação. Para os curiosos aqui fica o vídeo que aconselho que visualizem, não só pelo humor, mas também para chegarem à conclusão que a realidade brasileira que ele apresenta não é assim tão diferente da portuguesa.

Contudo, em vez do investimento na educação, estes são uns dos títulos que marcam os jornais portugueses:"Média dos exames volta a cair para valor negativo" (JN - Jornal de notícias), "Rankings: escolas públicas continuam a cair e metade fica aquém do esperado" (Público)... Mesmo assim, para o próximo ano vão continuar a fazer-se mais cortes numa educação fragilizada e cada vez mais para as elites. Quem tem dinheiro dá o melhor que pode aos filhos, quem não tem contenta-se com escolas sem professores, livros escolares com preços absurdos, etc.

Todavia, cortar na educação não parece ser um método utilizado só em Portugal já que Espanha prepara-se para fazer o mesmo através de pequenas coisas como: "Medio millón de alumnos perderán las ayudas para libros de texto".

Basicamente a lógica é esta: Temos que cortar na despensa! Onde? Ora, na Educação, Saúde... quem precisa disso? Os interesses privados são intocáveis. Sim, podem apontar o dedo e chamar-me comuna ou algo semelhante. Não me importa. Não tenho partido e sou capaz de concordar com ideias tanto da direita como da esquerda.

A única coisa que queria é que encontrassem um caminho diferente e que não passe pela destruição de um Estado Social com direitos e deveres e que ao que parece de social começa a ter de muito pouco e os direitos estão sendo esquecidos.



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